segunda-feira, 21 de março de 2011

A «Reforma» pretendida pelo Poder da Direita instalado!




«Reforma» administrativa de Lisboa
Não à negociata PS-PSD


O PCP não vê necessidade de uma reavaliação do mapa administrativo da cidade de Lisboa, conforme defendem PS e PSD, e considera que o acordo a que estes partidos chegaram na Câmara de Lisboa mais os chamados «independentes», «não passa de um acto de gestão de interesses partidários e de favorecimento à política de gestão autárquica que tem vindo a ser levada a cabo» na capital.

Esta «não é uma reorganização que corresponda às necessidades da população», sublinhou o deputado comunista Miguel Tiago, reagindo a uma declaração política do deputado do PS Miguel Coelho que enaltecera o acordo entre o seu partido e o PSD para a redução de 52 para 24 freguesias em Lisboa.

«Com este anúncio e este enfoque do debate em torno da divisão administrativa da cidade o que PS e PSD visam no essencial é disfarçar a erosão e os efeitos que a política de direita, protagonizada tanto por uns como por outros, têm vindo a provocar na cidade, tentando remeter o problema para a questão administrativa», referiu o parlamentar do PCP, que acusou aqueles partidos de selarem o acordo no gabinete e à revelia da população.

Miguel Tiago assinalou ainda que na fusão de freguesias não foi tido em conta em muitos casos «os profundos antagonismos histórico-culturais existentes, do mesmo modo que foram inclusivamente ignorados estudos que legitimaram o PDM».

Mas o que é visto com especial preocupação pelo PCP, segundo foi dito, é que «por trás dos interesses partidários e dos “acordos entre amigos” estão, muitas vezes, à sombra, outros interesses que disputam a cidade de Lisboa, desde as águas, ao saneamento ou aos créditos de construção».



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