segunda-feira, 29 de junho de 2009

Finalmente há mais segurança para os utentes dos transportes públicos.



A retirada dos gradeamentos de protecção aos utentes dos transportes públicos, nas paragens de autocarros e de carros eléctricos, verificou-se em Belém, por ocasião da realização da cerimónia final do Tratado de Lisboa, em Dezembro de 2007.

A CDU considerou que as insistentes reclamações dos fregueses nas Sessões de Assembleia de Freguesia, justificavam-se e tinham razão de ser porque os utentes dos transportes públicos viam-se ameaçados pelo perigo de atropelamento com a permanente circulação de viaturas nas duas vias com o mesmo sentido.

Houve intervenções ao Sr.Presidente da Junta com o objectivo de este esclarecer as causas, ou os motivos, da retirada dos referidos gradeamentos de protecção.

Entre algumas respostas desconexas, o Sr.Presidente chegou o a alegar que a retirada seria para permitir o acesso a pessoas deficientes transportadas em carrinhos de rodas...

Quando um freguez de Belém enterveio numa sessão descentralizada da CML, na Sede do Clube de Caselas, apresentando o mesmo assunto junto da Edilidade, os senhores da Junta insurgiram-se contra a pessoa alegando que eles, da Junta, não tinham nada a ver com o assunto.

A insistência da população, o acompanhamento e intervenção da CDU na Junta e na CML, produziram os efeitos desejados a bem da promoção do interesse público.

Assim vai continuar na Freguesia de Belém e na Cidade de Lisboa.

Faltam os gradeamentos em frente aos Jerónimos que foram retirados e ainda não foram colocados.

Continuaremos a pugnar pela realização do plano de reparações que apresentámos a fim de dar à população aquilo que ela tem direito.


Adm. do Blog da CDU/Belém.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Em defesa do interesse dos munícipes.


CDU contra a suspensão do PDM em Monsanto
Foi publicado no «Diário da República» o diploma legal que suspende o Plano Director Municipal de Lisboa em parte significativa do Parque de Monsanto para a construção de uma subestação da EDP. A discussão verificada na Câmara Municipal por duas vezes manifestou claramente que, à excepção do PS e de Sá Fernandes, nenhuma outra força política concorda com a suspensão do PDM e muito menos sem estudo de Avaliação de Impacte Ambiental para a construção em Monsanto de uma nova subestação no Zambujal.
Trata-se inclusive de derrubar árvores no parque Florestal em mais de meio hectare. Tudo isso, em terreno sob a administração do Município de Lisboa, dentro do perímetro do Parque Florestal do Monsanto, adjacente ao que se encontra ocupado pela Subestação da Rede de Distribuição da EDP, junto a CRIL (Azinhaga da Marinheira), Freguesia de S. Francisco Xavier. Ou seja, um agrave lesão do interesse municipal ambiental.
O PS na Câmara mais Sá Fernandes e o Governo PS assumem assim a responsabilidade da decisão agora publicada em «DR» de esquartejar Monsanto para benefício da EDP, sem Estudo de Impacte Ambiental e contra a vontade da maioria dos eleitos na Câmara. O facto de esta parcela de terreno se encontrar classificada como Espaço Verde de Protecção, parcela integrante do Sistema Seco, Área com Potencial Valor Arqueológico, com nível de intervenção 2 e afecta ao Regime Florestal onde se integra o Parque de Monsanto, de acordo com os artigos 80º, 18º, 15º do RPDM. Ora, nos termos do artigo 80º do regulamento do PDM, as áreas verdes de protecção são áreas especialmente sensíveis sob os pontos de vista biofísico e / ou de enquadramento paisagístico e ambiental de áreas edificadas ou de infra-estruturas.
São por isso áreas non aedificandi, com excepção das infra-estruturas viárias e das instalações necessárias ao seu funcionamento e manutenção. Não é o caso. Governo e PS na Câmara permitem desta forma que se ultrapassem obrigações legais, como o processo de AIA, ou passar por cima do Planeamento da Cidade, lesando inclusive a autonomia municipal.
O aval a este procedimento, ao qual o PCP é contrário, não serve a requalificação e protecção do Monsanto; contraria os procedimentos legais normais para este projecto; e, não menos grave, coloca, sem contrapartidas significativas, uma parcela municipal nas mãos de uma empresa privada, cujos objectivos de mero serviço público são questionáveis, levantando suspeitas de condições menos onerosas de realização da obra face às possíveis alternativas.
Por tudo isso, o PCP na CML manifestou-se contra esta suspensão do PDM.

Fonte DORL

domingo, 21 de junho de 2009

A confissão da ameaça do colapso capitalista!

Schwarzenegger admite bancarrota.
Califórnia em hasta pública.
O mais rico, mais populoso e mais conhecido Estado norte-americano, um símbolo da prosperidade e do progresso capitalista, a terra das oportunidades sem fim e dos sonhos tornados realidade, encontra-se, afinal, perto da falência, admitiu o governador da Califórnia.
Em comunicação dirigida aos deputados locais, sexta-feira, dia 12, Arnold Schwarzenegger fez um apelo desesperado para que estes aprovem novos cortes orçamentais, absolutamente necessários, frisou, para que a Califórnia não se declare, ainda este mês, em bancarrota.
O governador Republicano pretende abreviar sobretudo nas despesas com o ensino, a saúde e o sistema carcerário, isto para manter intacto o orçamento com a segurança, que sustenta um autêntico exército privado num território de 37 milhões de habitantes, o qual, caso fosse independente, seria a nona economia do mundo.Entre as medidas propostas estão o despedimento de cinco mil funcionários do sector da educação, a redução do ano escolar em sete dias ou a substituição dos «obsoletos» compêndios de matemática e ciências, como os classificou Schwarzenegger numa palestra em Sacramento, por textos digitais no Facebook, no Twitter e nos Ipod's.
Na saúde, para além dos programas de despesas partilhadas, por exemplo, no tratamento dos doentes infectados com VIH/SIDA - os quais ficam com o acesso aos medicamentos adequados a cada caso muito mais restritos -, são praticamente erradicados os testes, a prevenção ou a monitorização terapêutica.Quanto ao sistema prisional, Schwarzenegger propõe a libertação de cerca de 38 mil presos através da comutação de pena. No que a infraestruturas diz respeito, a mais emblemática das 33 prisões do Estado está já à venda.
Tal como San Quentin, também estão a preços de saldo vários centros de exposições, parques de jogos e de diversão, e até o Coliseu de Los Angeles, palco das cerimónias oficiais de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos de 1984.
Números da falência:
De acordo com as estimativas oficiais, a Califórnia tem um buraco orçamental de 25 mil milhões de dólares, e nem o facto de representar cerca de 13 por cento da economia norte-americana evita o descalabro. Os recursos próprios caíram 27 por cento em relação ao ano passado e a arrecadação de impostos está ao nível da registada nos anos 90, descendo 20 por cento face a 2008.
A cada hora que passa, a dívida estadual cresce 1,7 milhões de dólares. A taxa de desemprego subiu de 6,6 por cento em Abril de 2008 para os actuais 11,2 por cento, muito acima da média nacional, 8,5 por cento.
É claro que Schwarzenegger tinha um plano para minimizar os efeitos da crise na Califórnia, mas o povo recusou-se a pagar a factura. Em Maio levou a referendo um conjunto de seis medidas urgentes, tais como o aumento dos impostos sobre o consumo, entre outras acima já referidas de cariz igualmente antipopular.
Todas foram rejeitadas pelos eleitores por maiorias de 60 a 70, exceptuando uma, aprovada por cerca de 75 por cento: o congelamento dos salários do governador, dos deputados estaduais e dos titulares de altos cargos na função pública.

O PS a querer tapar o Sol com uma peneira!


O coveiro

Revisitando ainda passagens da campanha eleitoral, não se poderia deixar em claro as importantes declarações de Capoulas Santos (CS), o ex-ministro da Agricultura que reagiu à justa crítica de que, enquanto ministro e enquanto parlamentar europeu, foi o coveiro da agricultura no nosso País, com a tirada de que foi o coveiro sim, mas do PCP, no Alentejo.
Uma tão substantiva argumentação leva-me a assinalar dois factos distintos.
O primeiro e mais evidente, é o de que a vida veio provar o grau de acerto da atoarda do senhor.
Escassos dias após tão proeminente declaração, os resultados das eleições para o Parlamento Europeu aí estão para nos dizer que, dos quatro distritos do Alentejo, a CDU ganhou três, e somando os votos de todos os distritos que integram a região, a CDU ultrapassa o PS em quase quatro mil votos.
Ou seja, sempre se poderia dizer que, para um Partido de quem dizem estar morto e enterrado (e não esqueçamos que CS foi apenas mais um dos arautos da morte do PCP) este mexe e mexe bem e continua a dar fortes dores de cabeça ao capital e aos executores da política de direita.
O segundo, indo mais aos conteúdos, é que CS foi, de facto, responsável pela destruição de milhares de explorações agrícolas, pelo abandono dos campos, pela desumanização de vastas áreas do mundo rural, pela diminuição dos rendimentos da maioria dos agricultores enquanto enchia os bolsos a alguns com milhões em apoios sem que produzam sequer um grão de cereal.
CS foi ainda recentemente relator de um Exame de Saúde da PAC, que prevê o desligamento completo das ajudas comunitárias da produção e o fim das quotas leiteiras, com a criação de excedentes e o encharcamento do mercado nacional com leites de diversas proveniências.
Capoulas, executor em Portugal e defensor na UE das políticas que protegem a grande agricultura intensiva do centro e do norte da Europa e que despreza a pequena e média agricultura característica do nosso país, foi aliás condecorado por isso.
Talvez não seja conhecido da maioria dos leitores, mas Capoulas Santos, repete-se, ex-ministro da Agricultura do Governo português, foi recentemente galardoado com uma comenda pelo seu papel no Relatório do Exame de Saúde da PAC pelo Governo... francês de Sarkozy.
Talvez isto explique muita coisa!

João Frazão



sexta-feira, 12 de junho de 2009

Podemos acreditar nos "escribas" do sistema?


Nem a árvore, nem a floresta


Para a história destas eleições para o Parlamento Europeu ficará, além do extraordinário resultado da CDU, a determinação com que os principais órgãos de comunicação social se esforçaram por o esconder

Logo a começar nos comentários da noite eleitoral, em que António Barreto decretou ao mundo o pior resultado, histórico, da CDU, com a SIC a fazer-lhe a decerto involuntária maldade de lhe pôr um gráfico por baixo do queixo com o aumento de votos e percentagem da CDU. A Antena 1 informou que a CDU foi a força mais votada «no Alentejo» - e quanto ao facto de a CDU ter sido a força mais votada em três distritos, dão-se alvíssaras a quem encontrar melhor.

O DN pôs a fotografia de Jerónimo de Sousa na coluna dos «cinco vencidos», mesmo com o seu jornalista a relatar a subida da CDU.

Benemérito, o Público lá reconhece que o «resultado salva a noite do PCP» (embora fique a dúvida: se a noite foi para apurar resultados, o que era suposto ter «salvo a noite do PCP» senão... o resultado?!)O Correio da Manhã titulava na 2.ª feira a seguir às eleições: «Perder à esquerda», referindo-se à CDU.

O desconcerto é total: mas se o CM informa que a CDU teve mais votos, mais percentagem, o melhor resultado desde há 15 anos e ainda lhe atribui forte contribuição para a derrota do PS, então «perder à esquerda» porquê?!

Na mesma página, publica-se um texto de Joana Amaral Dias que atribui o aumento da votação no PCP «ao estado em que se encontra o PS». É a tão velhinha tese que volta ciclicamente a ser repetida em alturas de eleições, na Festa do Avante!, nos aniversários e nos Congressos do Partido e da JCP em que – surpresa! - o PCP continua a existir e a reforçar-se.

A tese que atribui essa existência e esse reforço não ao enraízamento, à convicção ou à consciência de milhares de militantes, amigos e eleitores do PCP e da CDU, mas sim ao demérito dos outros partidos, ao atraso do País, ao subdesenvolvimento do povo.

Como gostavam que assim fosse, vão repetindo e repetindo, a ver se a realidade desaparece quando abrirem os olhos. Mas ela aí está – a olhos vistos.

Margarida Botelho

segunda-feira, 8 de junho de 2009

terça-feira, 2 de junho de 2009

Os sermões do "profeta" Belmiro!


Tirar «os pés da água»... só para lhes dar um pontapé!

Belmiro de Azevedo brindou-nos com uma síntese de grande importância. Disse o Sr. Eng. que «os empresários têm a obrigação de dizer com clareza o que pensam, os políticos têm de arredondar as afirmações».
E começou a disparar o que pensa: ter um emprego, seja ele qual for e em que condições for, é razão suficiente para os trabalhadores estarem agradecidos; o horário deveria ser anual, e usado a bel-prazer do patrão; trabalho extraordinário sempre que o patrão quiser, mas pago a singelo; as eleições são uma chatice, perturbam a vida das pessoas, e nelas promete-se muito que depois não pode ser cumprido.
E para mais não teve tempo, sendo que não é difícil adivinhar o muito mais que lhe entretem as meninges, e que o levaram a afirmar que «Não há emprego para quem quer passar os fins-de-semana com os pés na água.»
Os «políticos» do Sr. Eng. (que ele despreza, como despreza todos os seus empregados, por fielmente que o sirvam), já começaram a «arredondar as afirmações».
É ouvi-los, e nenhum repete as frases do Sr. Eng.. Alguns até pelo contrário: quem os ouvir não os leva presos. Mas representada a farsa eleitoral, irão enterrar as promessas e cumprir obedientes a cartilha do Sr. Eng., como sempre fizeram. Mas então, porque anda chateado o Sr. Eng.?
Porque queria viver no fascismo e não vive, vive no Portugal de Abril, com tudo o que conseguimos defender da nossa revolução e o tanto mais que ela aponta para ser (re)conquistado.
Porque queria um rebanho de carneiros para explorar e saiu-lhe na rifa um povo que luta e resiste.
Porque tem ódio a um só Partido, o PCP, e esse Partido não desaparece nem se verga, antes cresce, reforça-se, ganha confiança.
E, parafraseando o Sr. Eng., no dia 7 de Junho, vale a pena não pôr os pés na água.
Para defender o direito ao trabalho e ao trabalho com direitos.
Para dar um valente pontapé nos belmiros e nos seus «políticos», para dar força ao PCP, à força política que está na vanguarda da luta e da resistência à intensificação da exploração.
Para votar CDU, o voto que faz falta a quem trabalha.